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      Resenha  

 

A entrevista com Pierre Lévy, filósofo francês, realizada pelo jornalista Florestan Fernandes Jr faz uma reflexão sobre o mundo em que vivemos. O diálogo apresenta a percepção de Lévy para a tecnologia da informática e suas transformações nas relação humana, política, cultura até na economia mundial. Em uma conversa simples e clara que subentende-se seu pensamento sobre a cibercultura.    

 

Durante a entrevista é questionada sobre as mudanças que a tecnologia e os computadores causam nas questões humanas. Pierre Lévy fala que o seu interesse no pensar, na cibernética e nos cérebros eletrônicos surgiu desde sua infância. E logo quando começa suas graduações, em história e geografia, percebe que o computador mudava a maneira de se fazer pesquisa, em um emblema entre novas possibilidades e limitações transforma o modo de pensar.                                                

 

É interessante a visão do filósofo na questão do computador como uma inteligência humana aumentada e transformada; visto que hoje essa tecnologia é muito utilizada dessa forma. No computador está uma grande parte das atividades humanas, o que não pode estar só gravado no papel, mas em vários programas e facilitações que a Internet produz. A questão é tão grande que o filósofo não enxerga o computador                             

 

como um meio para começar uma revolução, mas vê a Internet como a própria evolução. Ele argumenta que as pessoas ligadas no invento do computador   e da internet fizeram um  maior avanço e revolução que militantes políticos.                                                                                  

Quando questionado sobre o impacto no cotidiano pela tecnologia, o filósofo aborda uma questão real que muitos não se dão conta. A técnica e a tecnologia não é algo exterior da sociedade, e sim criado pela própria sociedade. A impressão de algo exterior surge da rapidez da evolução tecnológica. A tecnologia é como um todo nas relações humanas que se redefinem pelos próprios seres humanos, não irá impor alguma mudança ou algum impacto, isso vem da decisão de cada um. E é uma minoria que diminui suas interações físicas para utilizar apenas o computador.                                                                                                                                                                                      

Muitas vezes é questionado uma ideia de que no futuro as telecomunicações e telepresenças podem substituir deslocamentos físicos e diretos. De fato, é um assunto muito difundido mas não devemos colocar os dois movimentos em paralelo, não há oposição entre eles. As tecnologias crescem junto com os deslocamentos. Existem vários exemplos disso das duas linhas crescendo junto, como o telégrafo e as linhas de ferrovias, o telefone e o carro automóvel, e por fim temos o desenvolvimento do cyberespaço, de visitas à Lua, conjunto ao desenvolvimento do turismo como uma grande atividade mundial.          

 

Mesmo assim muitos ainda questionam de que uma tecnologia como o computador pode diminuir interações físicas. Algumas outras tecnologias não são vistas como tecnologia, como a escrita e a imprensa, e elas trouxeram muita revolução. O pensamento de oposição entre telecomunicações e deslocamentos devia já deixar de ser visto assim, já que existe essa retrospectiva histórica e foi visto que as duas linhas seguem em conjunto. Até podemos pensar por exemplo na data desta entrevista com hoje, passou alguns anos, e pode-se dizer que o computador não afetou as interações físicas, ele traz novas oportunidades e basta sabermos controlar seu uso para nossas facilitações.                                                                                                                                                                                                                               Na entrevista, Pierre foi questionado sobre mecanismos para o debate da sociedade em engenharia genética. Ele diz que a engenharia genética fabrica novas espécies de plantas, animais, bactérias e até pode modificar a espécie humana. É uma evolução do que vem acontecendo desde o neolítico com a domesticação de animais. Coloca em jogo tamanhos valores e transformações que não podemos deixar com que cientistas decidam sozinho sobre isto, deve haver discussões mais democráticas sobre esses tipos de problemas. Não só em engenharia genética como em vários outros aspectos que nos interfiram, como a arquitetura. A democracia é deixada de lado em vários aspectos e temos que lutar para isso não continuar acontecendo.                                                        

 

É curioso ver que o jornalista questiona sobre a utilização da internet como meio de questionamento das informações da mídia de massa. Ele deixa claro que é quase impossível um cidadão comum responder à mídia com uma mesma repercussão política. E hoje em dia, isso já vem mudando, pois já não é tão difícil ver uma discussão política ou reclamações de informações na internet. Até em redes sociais pode haver grandes repercussões e até surgir os conhecidos ''virais''. Portanto, devemos sempre ser otimistas em relação aos efeitos da tecnologia das redes de inovação no nosso mundo e em relação a tudo em nossa volta.

 

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Ana Paula de Souza Marques                                                                                                                                                                   Informática Aplicada aos Desenhos de Projetos I                                                                                                                                               Professores Gilfranco Alves e Adriano Lima

Saiba mais:

 

Assista a entrevista com Pierre Lévy - As formas do saber:

https://www.youtube.com/watch?v=i5Ko5gGPF4w&feature=youtu.be

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